segunda-feira, 11 de julho de 2011

De se entregar.

Convivi com ele a vida toda.
Parece que ia crescendo comigo,
E me deixando cada vez menor.
Por isso, quase me perdi,
Mas te vi e me achei.
Então olhei nos olhos dele e ri!
Eu sei que ele te assusta,
Mas tenha um pouco de coragem.
Deixa esse medo pra mim.

sábado, 2 de julho de 2011

Caprichos da palavra

Visto-a de rima
Quando pede
Mas se prefere
Sai nua mesmo

Palavras

Livrar-me de mim
Transbordo
Da dor (,) do amor
Enriqueço
Despertencem de si
Enlouqueço
Masoquistas, acompanham-me pelo prazer do abandono
E escrevo
No papel o reflexo do retrato ao avesso.

Adoro brincar com palavras!

Elas correm,
Às vezes eu pego, às vezes fogem.
Eu me escondo,
Mas elas sempre me encontram.

Quando estou ofegante,
Acalmam,
Esperam,
Reanimam.

Respeitam minha solidão,
E me acompanham quando eu mais preciso.
Elas me ajudam a ser uma pessoa melhor,
Porque com elas conheço mais de mim,

Com elas eu choro, sorrio...
Extravaso.
E elas me respondem
Tão imprevisíveis quanto eu.

Adoro brincar com as palavras
Elas se deixam reinventar
Têm lá seus caprichos, são vaidosas.
Ainda estou aprendendo a lhe dar com isso.

Quando me incomodo, saio da brincadeira.
Mas elas sempre me convidam de novo.
Sabem que não resisto a uma ciranda.
Estendem as mãos e começam a cantarolar.

E lá vou eu brincar com as palavras.

Explicação para o não poeta

Hã?
O que faço dos meus dias
Além de escrever poesias?
Vivo-as.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nossa melhor incerteza.

Essa é uma letra de música que acabei de fazer:

É tanta estrada pra trilhar.
Tanto caminho pra se perder.
E a gente sempre teima em se por antes do amanhecer.

É tanta história pra inventar.
Tanta verdade pra esquecer.
Não sei por que insiste em nascer no meu entardecer.

Eu te quis assim,
Perto de mim,
Longe de tudo,
Quase tudo que me faz tremer.

Eu te quis assim,
Longe de mim,
Perto de meus sonhos,
Todos os sonhos que vou esquecer.

domingo, 19 de junho de 2011

Miudezas...


Há algo de branco no verde
Que se revela por entre as folhas

Toco de pau
Oco de pau
Olho da mata
Ilha de luz

A soma das cores
Não deixa sumir...
Reflete o branco
Refunda o verde

Há algo de torto na vida
Que se revela por entre as retas

Cheiro de barro
Tempero
Beijo roubado
Poema antigo

Olho d´água
Saliva do mundo
Nuvens de mel
Na boca do céu

O gato na mata
O poeta e a lata

Não é esconder
É brincar de revelar
Do jeito mais gostoso
Acariciando aos poucos

sexta-feira, 17 de junho de 2011

calda

nenhuma mordida ainda
eu já molhada
olhar me tomou
pela nuca cabelos
escorrendo inconsciente
escorreguei-me teus dedos
nossos lábios enfim se encontraram
os dele de cima
nos meus de baixo

natureza franca
criação literária: o poema
"oficina de poesia erótica"

terça-feira, 14 de junho de 2011

Para te sentir melhor.

Gosto de como se veste,
Mas o prefiro nu.
Gosto dos seus olhos,
Mas prefiro quando os fecha.
Gosto da sua boca,
Mas prefiro sua língua.
Gosto do seu pescoço,
Mas prefiro seu cheiro.
Gosto do seu desempenho,
Mas prefiro seu descontrole.
Gosto da sua voz,
Mas prefiro seus gemidos...